sábado, 10 de setembro de 2011

O fim do livro?

Li, esta semana, em uma matéria de jornal, sobre a era digital e, consequentemente, sobre o e-book. Vários movimentos apontam para, aparentemente, o fim do livro em seu formato tradicional. Várias bibliotecas, de vários lugares do mundo, estão disponibiizando seu acervo em formato digital. Segundo a matéria que li, as vantagens são inúmeras. Livros poderão ser consultados de qualquer lugar, a qualquer hora e através de vários perféricos (tablets, PCs, notes, celulares, etc). Livros de qualquer categoria e de qualquer região estarão em suas mãos com apenas um toque em seu aparelho eletrônico. Melhor ainda: você poderá lê-los no ônibus, no trabalho, em sua poltrona, na sala de espera de um consultório e até mesmo em alto mar. Isto sem mencionar que, além dos livros, jornais, revistas e quaisquer tipos de periódicos também caberão nestes aparelhos revolucionários da era pós-internet. Não há como negar a facilidade, o conforto e o ganho que teremos com estas possibilidades. Este blog é um exemplo disto, diga-se de passagem e eu estou muito feliz de poder contar com estas inovações. Mas quero sugerir uma leitura (no formato livro tradicional), de um livro feito à duas mãos, pelo escritor italiano Umberto Eco e pelo seu amigo e jornalista francês Jean-Claude Carrière. Chama-se "Não Contém com o Fim do Livro", editora Record. São 269 páginas deliciosas sobre a história da literatura e, obviamente, sobre o possível desaparecimento do livro em papel. Para meu rigozijo, eles afirmam: o livro em papel não acabará, assim como a fotografia não matou o quadro e a televisão não matou o cinema. Digo que regozijei porque sou devoto do formato livro encadernado, aquele que possui um perfume próprio que você, leitor voraz, saberá ao que me refiro. Os escitores ainda possuem um argumento que, em minha modesta opinião, encerra a questão: nosso bom e velho amigo livro não precisa de bateria, nem tampouco de pilhas. Não precisa de um programa compatível para ser aberto e lido e, principalmente, nunca precisará ser transformado em um outro tipo de periférico para poder ser utilizado, como aconteceu com a fita em formato VHS que, hoje, são praticamente inúteis. O livro sempre estará disponível, mesmo sem qualquer tipo de energia (solar, elétrica, eólica, etc). É durável e, bem cuidado, infinito. Mostra-nos a história da humanidade através de papiros e códices sem que tenhamos a obrigação de transformá-los em algum programa eletrônico atual para lê-los e apreciá-los. Sendo assim, que venham as novidades e os novos "brinquedos". Isto apenas aumenta o leque de possibilidades de leitura. Para quem tem amigos livros em papel como eu, nosso novo amigo e-book só veio aumentar a família. Divirta-se!

2 comentários:

  1. Eita, Rogério! Acabei de colocar 2 posts no meu blog afirmando exatamente o contrário. Sem que suspeitássemos estávamos num diálogo platônico. kkkk Acho que todo mundo, mesmo quem evita o assunto, não deixa de pensar no futuro do livro, hoje em dia. Vai lá no meu blog para checar meus argumentos, acho que podemos nos divertir bastante. ensaiosobreleitura.blogspot.com

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  2. Eu ja estava com esta pergunta em minha cabeça... ontem, acho que foi respondida. Estava na Livraria Cultura, procurando um livro para meu filho de 13 anos. Ele de um lado, com uns 5 livros ao redor, sentado no chão e folheando cada um deles, vendo qual gostaria de levar. Do outro lado, uma menina de não mais de 6 anos, abrindo diversos livros e se maravilhando com as páginas e dizendo prá mãe "olha esse... que lindo!". Encantanda com as capas, as cores, as imagens, o virar da página... Além do momento de interação entre pais e filhos. Dificil imaginar esta cena com um Kindle.

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