segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sopa-de-letras...e de amigos!

A culinária sempre foi uma arte deliciosa em vários sentidos: ela reune pessoas, mostra costumes de um lugar e, sob vários aspectos, acalma e tem poder terapêutico. Há romances que remetem à culinária. Acho que o mais famoso é "Nem só de Caviar Vive o Homem" do austríaco Johannes Mario Simmel, uma aventura pseudo-espiã na segunda guerra, onde Thomas Lieven faz maravilhas na cozinha, mesmo com o recesso de ingredientes. Pasmem: todas as receitas experimentadas no livro estão, na íntegra, em suas páginas. É uma delícia lê-lo e partcipar da aventura cozinhando juntamente com nosso protagonista. Eu gosto de cozinhar. E gosto, principalmente, de compartilhar meus sabores com meus amigos do coração. Garanto: não há prazer maior do que unir amigos, comida e papo sobre literatura em um prato quente de sopa-de-letrinhas. Juntar tudo na mesma panela. Todas as letras cabem em um churrasco, em um risoto regado a vinho, em uma massa. Costumamos citar livros, poesias e dar opinião sobre tudo o que lemos. Trocamos sugestões e brincamos de adivinhação. A brincadeira da adivinhação é a seguinte: um de cada vez deve citar o tema principal de um livro que já leu e, quem acertar o título e o autor, será o próximo a lembrar de algum livro que o tenha comovido. Quer um exemplo? Vamos lá: Homem desconfia que foi traído pela mulher quando repara que seu filho tem os traços de seu melhor amigo. Adivinhou? Resposta: Dom Casmurro, de Machado de Assis. Quer outra? Rapaz vai visitar primo que está se tratando de uma pneumonia e descobre que ele próprio está doente. Sabe que obra é esta? He he he,,,Se você não sabe, não vou lhe dizer. Você vai ter de adivinhar. Se não souber, já é uma ótima desculpa para reunir as pessoas que lhe são queridas e jogar com elas. Você vai ver que é uma delícia ímpar dividir a sopa-de-letras com seus amigos. Escolha uma receita, chame as pessoas e mergulhem na sopa! Divirta-se!

Um comentário:

  1. Como sempre, adorei seu texto! Comi bem suas letras e senti o agradável perfume de suas palavras...
    Por falar nisso, experimente ler "O Físico" de Noah Gordon, sobre um médico da Idade Média com um professor prá lá de diferente e suas receitas e temperos maravilhosos, ou Nina Horta e o seu "Não é Sopa", no qual a cronista conta sua história através dos pratos de sua vida. "De Caçador a Gourmet" de Ariovaldo Franco, é outra obra maravilhosa, romance "comestível" de dar água na boca.
    A propósito, a turma aqui de casa ama cozinhar. Quem sabe um dia trocamos figurinhas literárias e receitas apetitosas?
    Bjusss

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