segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Por que leio?

A pergunta parece óbvia, fácil de responder, mesmo quando a faço para mim mesmo. Leio porque gosto. Simples. Será tão óbvio assim? Sim, é claro que gosto de ler, a resposta não está errada. Ela só está incompleta. Aliás, sempre estará. Há coisas que meras palavras não definem ou não mostram, na totalidade, o que se quer dizer. A literatura, para mim, é assim. Não há definição cabível em uma única resposta. Ler, permite-me um mundo de possibilidades infinitas. Mas tentarei matar a charada. O que me passa pela cabeça e pelo coração, defronte de um romance, é sentimento, explicável com muito custo a quem queira dividi-lo comigo. O livro-viagem faz-me companhia de bordo; o livro-diário apresenta-me o interior de alguém; o livro-romance aventura-me por terras quaisquer; o livro-suspense mostra-me as sombras do meu irmão humano e, consequentemente as minhas; e por aí vai. Nas horas em que não me é permitido ler, fico aflito, preso a uma realidade de difícil diálogo. O barulho que vem da janela, as vozes que estão ao meu redor e os sintomas do dia fundem-se ao livro que, por ventura, eu esteja lendo. Quando leio, acredito que a realidade literária exista, pois, de outra forma, não estarei lendo. É necessário acreditar nos romances, principalmente nos romances. É fundamental que se acredite no que se lê, pois, somente assim, a leitura existirá.. Outro dia, em uma reunião com amigos, discutíamos quais livros têm, realmente, boas qualidades literárias. Opinei que todos, sem julgamento profundo, as tem. Todo livro lido como se deve, é divino. Quando se sente o espaço dos romances, quando se convive com os personagens e quanso se respira o mesmo ar das histórias, a mágica acontece. O livro passa a ter um significado quase essencial em nossas vidas. Ele é cheiro, é comida, embriaga e acalenta. Por isto tudo, eu recomendo: leia. Tenha, algumas vezes, a companhia de um livro. Leve-o para jantar ou para a praia. Pegue-o pela mão quando estiver entrando no ônibus ou na sala de espera do consultório. Troque olhares com ele e deixe que ele também o veja. Depois me responda: por que você lê? Estou curioso e ansioso pela sua resposta. Divirta-se!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O fantástico em nós

Hoje o escritor argentino Jorge Luis Borges completa 112 anos. Sim, completa, pois, sendo um Sr Fantástico, tanto ele como sua obra estão mais vivos do que nunca. Até 1986, ano de sua "suposta" morte, o Sr Fantástico tratou de construir, através de seus poemas, ensaios e contos, um mundo imaginário, cheio de deuses e seres maravilhosos com o intuito de mostrar-nos quem ele era e o que somos nós. Fantásticos. Deu-nos uma identidade, catalogou-nos como múltiplos. Com sua veia latina, privilegiou a memória da palavra. Transformou a escrita em ser mutante, aplicável a toda época e para sempre. Toda palavra é efêmera e mutante, isto sim. E permanente. assim mesmo, tendo esse cheiro paradoxal. Com suas torres de Babel e suas bibliotecas de Alexandria, uniu e definiu o homem comtemporâneo. Tudo em nós está em suas obras. A obra de Borges é o prórpio Borges. Equação indivisível. Assim como Fernando Pessoa é, de alguma maneira, menor que sua própria obra e nada sem ela, Borges salta de seus textos e se materializa a nossa frente. Sem sua palavra, ele não existe. E nem nós. Ele nos transforma, ou melhor, faz com que tenhamos consciência de nós mesmos. Obriga-nos a olhar para dentro de nosso espírito e enfrentá-lo, conhecê-lo. Exemplo: em "O Livro de Areia", no conto "O Outro", Borges encontra-se com ele mesmo em um banco de alguma praça em Boston. O diálogo que se inicia, após uma certa irritação de Borges pelo novo companheiro vir tirá-lo de sua paz solitária, é uma amostra do que Borges consegue transmitir-nos: a conversa com nosso interior, nossos questionamentos e lutas pessoais e, principalmente, nossas lembranças, que nos fazem companhia quer a queiramos vivas ou não. Este conto remete ao livro "O Duplo", de Dostoiévski, escritor que melhor conseguiu definir a alma humana. Mas, antes de acharmos que Borges está plagiando o escritor russo (eu estava tendo esta impressão no início do conto) ele cita a obra de Dostoiévski ao seu interlocutor, em uma linda passagem sobre a memória. Sobre a morte, vale citar outro trecho do conto mencionado: "Que ninguém se perturbe por uma coisa tão comum e corrente". Este é Borges. Depois dele, nos transformamos em seres fantásticos, em deuses do impossível. Sendo assim, nos transformamos em Borges. E que ele viva para sempre. Divirta-se!

domingo, 21 de agosto de 2011

A maldade da inocência

Já comentei sobre o tema a seguir aqui, no Vide Letra, quando citei a obra de Henry James, "Pelos Olhos de Maisie", onde acompanhamos o desenrolar da trama sob a ótica da criança Maisie que nos permite crescer, junto com ela, no entendimento da história. Em "Reparação", do escritor, também inglês, Ian McEwan, Cia das Letras, temos a perspectiva de uma história de amor contada através da imaginativa Briony, que no começo da narrativa tem 13 anos de idade. O que difere um livro do outro é que, em "Reparação", além do relato de Briony, os fatos são narrado, também, por outros ângulos: o de Cecília, sua irmã mais velha e nossa heroína, o de Robbie, filho da arrumadeira e grande amor de Cecília, e de outros personagens menores mas, nem por isto, sem importância na formação da identidade da história. O livro foi levado as telas de cinema e teve sete indicações ao Oscar. O filme é bom, mas não apresenta toda a imaginação de Briony como o livro consegue apresentar. Briony é aspirante à escritora desde criança. Escreve peças de teatro, dirige-as e sempre aborda o amor verdadeiro, as paixões que passam por crises e perigos para que, no final da história, vençam todo o mal e mentiras para serem "felizes para sempre". Por presenciar às escondidas uma situação intima entre sua irmã Cecília e Robbie, ela crê que este é o antagonista mal e doentio de suas histórias e que ele, com certeza, significa a ruína de sua irmã. Sente-se, assim,  na obrigação de reverter este quadro criminoso e defender sua "irmã princesa" das garras de Robbie. Na verdade, toda situação é criada em sua mente de jovem escritora e sonhadora do amor ideal e, em uma mentira "inocente", ela depôe contra Robbie levando os adultos que a interrogam a acreditar em sua versão. Com este fato, Briony acredita que está deixando a vida infantil e passando para a fase adulta, haja vista que sua palavra foi aceita pelos adultos. Briony, mesmo não tendo certeza do que presenciou, não volta atrás no que disse, pois isto representaria um descrédito que ela não gostaria de sofrer. Acaba, assim, por mudar o destino do amor entre Cecília e Robbie. Entres estes dois, a luta diária para manter vivo o amor e, literalmente, sobreviver (estão na inglaterra da segunda guerra) nos comove. Na história, realmente houve um crime de estupro e Briony aproveita a deixa para acusar o pobre Robbie e, assim, tirá-lo da vida de sua irmã Cecília para mantê-la salva. Briony, na fase adulta, arrepende-se e dedica-se a reparar, até o final de seus dias, o mal que causou aos dois e a um amor que ela sempre acreditou soberano. Uma maldade é uma maldade. Se há inocência em uma maldade, talvez seja a maldade de uma criança. Mas, e o horror causado por esta inocência, é perdoável? E os adultos que, por não terem outra opção, ao abraçarem o relato de uma criança leva um inocente a pagar caro por um crime que não cometeu, onde eles se enquadram? Chegamos ao ponto do julgamento. Briony criança julga com a intenção de ser aceita no mundo adulto. Os adultos julgam com a intenção de achar um culpado para o crime e aceitam o depoimento de uma criança. Por sua inocente maldade, Briony conseguiu destruir o futuro de todos. Por seu arrependimento, ela passa a vida tentando reparar o mal que causou a pessoas tão especiais de seu círculo. A ótica de uma inocente deve ser levada em consideração na medida de sua pureza e devemos ter a maturidade de analisar os fatos antes de julgarmos. Briony não é má. Briony foi inocente e sonhadora. Má foi a atitude dos adultos em acatar um depoimento infantil em busca de uma justiça rápida. Julgamento é destruidor quando não entendemos o grande universo que habita as pessoas que estão conosco nesta jornada. Viva a inocência com sua maldade infantil. Abaixo os que se utilizam dela para ganhar fácil. Divirta-se!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Sra Esperança e o Sr Amanhã

Amanhã começo um processo novo em minha vida, Dei-me de presente o que há muito me devia: o acompanhamento de uma profissional para resgatar minha esperança em meu amanhã. Sempre acreditei no amanhã, porém esta ajuda irá fortalecer a minha crença e ordenar minhas prioridades. Tantos autores já falaram em "amanhã" e em "esperança" que estes dois personagens milenares acabaram se casando. Prosa, poesia, música, de todas as maneiras o casamento da Sra Esperança com o Sr Amanhã foi mencionado e tornou-se inevitável. É no amanhã que, apesar de hoje, teremos a estrada da esperança para se trilhar, como disse Guilherme Arantes em um lindo momento. Com este casamento, aconteceu um outro: o casamento da Sra Saudade com o Sr Passado. Dentre os dois casamentos, não há o mais importante e nem o mais bonito. Há a nossa opção de ponto de vista. Se a saudade for "um pouco como fome que só passa se você absorver o passado e, mesmo assim, o passado todo" como disse Clarice Lispector, talvez ela doa de uma maneira um tanto quanto incômoda. Ou de um jeito triste, como nos versos de Álvaro de Campos em que ele diz que "no tempo em que festejavam o dia dos meus anos, eu era feliz e ninguém estava morto; quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças". Acredito que os frutos oriundos destes casamentos dependam de nosso olhar. Nosso passado nos acrescenta, pois a saudade do que vivemos faz com que olhemos adiante com confiança. O amanhã nos dá esperança. É lá que está a tão almejada felicidade. E lá, no amanhã, que mora a sabedoria de quem viveu plenamente o hoje. Do casamento da Sra Esperança com o Sr Amanhã nascerão filhos saudáveis e fortes. Basta-nos fazer, hoje, a festa de celebração nupcial verdadeira com nós mesmos. Divirta-se!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deus, segundo o filho

Saramago não precisa de apresentações. Sua obra está aí para mostrar-nos sua fé. Saramago dizia-se ateu, mas, em duas obras suas, apresenta-nos temas cristãos. Estes sim, valem alguma apresentação. Em "Caim", seu último livro, uma leitura do antigo testamento é feita por Caim, o protagonista que questiona e enfrenta Deus. É mais do que humano questionar e lutar por conforto e sobrevivência, coisas que foram privadas de Caim por seu (nosso) Criador. Privações que Deus justifica como necessárias para o pagamento da dívida pecaminosa que Adão e Eva (pais de Caim) contraíram quando desobedeceram seu (nosso) Criador comendo da fruta proibida e tentadora que o próprio Deus havia criado. Já em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (em minha opinião, seu melhor livro), é Jesus quem nos apresenta o novo testamento e sofre nas mãos de seu (nosso) Pai. Apesar de ser filho único de Deus, Jesus é o melhor instrumento para que Ele mostre-nos sua existência e poder. Saramago, o ateu, conhece bem os evangelhos e, por isto mesmo, tem opiniões muito próprias a respeito do fascínio de Deus sobre os homens e firma as eternas questões: Deus é bom? É vingativo? E tudo isto para que? Não há respostas certas. Depende de quem as responde. Deus pode ser qualquer coisa, para qualquer um. Não ser nada para alguns e, mesmo assim ser algo como, talvez, um simples nome ou um folclore. Pode ser muitos em um só. Para Saramago, Deus fez e usa suas crias como bem entende. Às vezes para lembrar-nos de Sua existência, às vezes para divertir-se e passar o tempo. Para nosso mestre português, Deus não responde os porquês. O mal, a morte, os sacrifícios são assim porque Ele decidiu que assim os fosse. Para mim, Deus é tudo aquilo que eu acredito que me faça bem. Deus é meus pais, meus amigos, meus livros. É também meus olhos, a água que mata minha sede, a paisagem na janela de meu carro. É a companhia de meu amor, é ficar de mãos dadas. Se Saramago era ateu (eu adoro a literatura de Saramago, que fique claro) como ele dizia ser, talvez ele apenas não colocasse o nome "Deus" em suas paixões e em coisas que ele admirasse ou criasse. Todo filho Dele, incluindo Saramago, tem por direito questionar as razões da vida, mas temos por obrigação achar Ele nas coisas que amamos e que justifiquem nossa existência e milagre. O Deus de Saramago era a escrita (acho que ele não sabia disto). O nosso Deus mostra-se, também, nas histórias de nosso amigo português. Tenho orgulho de ter opinião de filho de Deus. Divirta-se!  

domingo, 7 de agosto de 2011

O amado baiano

Já citei Jorge Amado aqui, no VIDE LETRA, mencionando uma obra sua que me arrebatou quando a li, que foi "Gabriela Cravo e Canela". A pureza e a beleza de Gabriela é uma das recordações mais doces que trago comigo. No dia 06 de agosto de 2011, fez 10 anos que Amado morreu. Para quem conhece um pouco da Bahia (eu estive lá quatro vezes) sabe que esse estado brasileiro é rico em magia e emana uma atmosfera própria de sonho e religião, características únicas que diferenciam nosso estado soteropolitano do resto do país (e do mundo). Adoro a Bahia e seus mares, praias, músicas e povos. Jorge Amado "pintou", com sua prosa, uma Bahia ainda mais alegre e viva, cheia de fé e mistérios, mais respeitosa em sua pureza do que qualquer outro baiano poderia ter imaginado. Há dez anos morria este senhor baiano que flertou com o comunismo e foi exilado do país por duas vezes. Várias obras suas foram parar no cinema e na televisão, aproximando o povo brasileiro cada vez mais de nossa Bahia. Com seus capitães de areia, com suas tendas dos milagres, com suas Gabrielas e suas Teresas Batistas cansadas de guerra, nosso amado Jorge firmou a Bahia como um estado provido de alma mágica e cativante, com suas cores, festas, crenças e delícias culinárias. Sou apaixonado pela Bahia. Quem anda por suas terras fica enfeitiçado só por respirar seus ares baianos. Ter contato com um nativo baiano é ter uma linda experiência de troca de sentimentos generosos e de alegria contagiante. Nosso Jorge está vivo para sempre no candomblé ritimado da Bahia. Divirta-se...Saravá!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sob a ótica das crianças

Leio desde criança. Foi uma das coisas que me transformou em um homem de raciocínio. A outra coisa foi a educação que meus pais, sabiamente, me deram. E sou grato a essas duas bases por minha formação que, apesar de estar longe de ser perfeita (graças à Deus!), fizeram de mim, um cidadão. Tenho a sorte de, até hoje, ter ao meu lado o amparo dessas duas forças. Meus pais e a literatura. Posso afirmar, convicto do que digo, de que são as coisas que mais amo. Orgulho-me disto. Na literatura, várias publicações têm como agente condutor da trama, a percepção de uma criança. "Pelos Olhos de Maisie", do espetacular Henry James talvez seja a mais famosa (a Cia das Letras lançou uma edição de bolso bárbara, com edição revista). Henry James apontou, em seu romance, algo novo para a época (1897): as crianças têm inteligência suficiente para tirar suas próprias conclusões e sabem mais do que imaginamos. Na história, nossa heroína Maisie tem de aprender desde cedo o que é o divórcio, pois seus pais entram em litígio pela sua guarda e pelos seus anseios mesquinhos. Desde pequena Maisie  muda de lares, conhece as diferentes e alternadas companhias masculinas de sua mãe (bem como tem de lidar com um amor ausente da mesma) e acaba crescendo em conciência e em idade pelas mãos de pessoas caridosas que lhe acompanham. O romance, magicamente, faz-nos perceber a vida e o mundo através da ótica desta menina meiga e adorável. Com sua sensibilidade e fé juvenil (sim! As crianças são cheias de esperança, pois têm um mundo enorme e uma vida longa pela frente. Elas sabem disso), Maisie sonha em ser feliz na companhia de adultos que sejam a figura de seus pais. Se você, leitor, lê desde criança, vai conseguir reconhecer em Maisie a criança que você era. Se você não lia quando era pequeno, não há problema. Nunca é tarde para começar. E não será tarde para conhecer Maisie. Ela é a criança que você foi. Viva. Linda. Esperançosa. Recheada de amor e sem ressentimentos. Querendo, apenas, um afago quente. Eu não tenho filhos, mas se os tivesse, eles seriam como pãesinhos quentes, crescendo em um forno cheio de fermento literário, onde o padeiro aqui, leria tudo do bom e do melhor para eles. Divirta-se!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Abaixo os inimigos dos livros!

A coluna de J.R. Guzzo da revista VEJA desta semana, no. 2228, está ótima. Guzzo fala sobre os inimigos dos livros. Sim, eles existem. Na verdade sempre existiram ao longo da história de nossa espécie. Em épocas de guerra, queimam-se livros para que o povo não tenha acesso à informações que o deixaria apto a raciocinar sobre seu próprio destino, coisa que as guerras, quaisquer uma delas, têm medo. O raciocínio e a inteligência deixam os governantes frágeis, à mercê de seus comandados,  pois um povo que lê, não é gado. Não sendo gado, não é conduzido por caminhos que não são dele. A igreja, por exemplo, é uma das organizações que mais veta publicações e editoriais em prol de suas verdades, de seus dogmas, como se eles fossem soberanos e interessassem a todo mundo. Como Guzzo também coloca, a opinião pública não interessa, a rigor. Ela é sustentada em matérias pobres de leitura, haja vista que o acesso ao que se lê é medíocre e raso. Outro espanto é a usual colocação de que árvores são cortadas para se fabricarem livros, revistas, etc. São os inimigos dos livros se manifestando. Apoiam outros periféricos como instrumento de leitura (os tablets, por exemplo) e "acabam" com os livros, sem ao menos questionar o quanto é agradável ter um livro em mãos, o prazer de ter um companheiro que nunca precisará ter sua bateria carregada e poderá ser lido para todo o sempre, mesmo que a tecnologia avance cada vez mais. Já os "tablets" precisarão se adaptar logo logo. Quer ver como a leitura está em baixa? Veja o exemplo de Guzzo: experimente colocar, sob sua mesa de trabalho, o livro que você, atualmente, está lendo. Espere seu chefe passar por perto. Qual reação você acha que ele terá? No mínimo passará pela cabeça dele que você não está trabalhando e que, ao invès de focar em suas rotinas laboriosas, está desperdiçando tempo útil (e dinheiro!). Como Guzzo mesmo afirma, em entrevistas de executivos, não se levam em consideração se eles têm como hobbie a leitura, pois isto não agrega nada. Isto nas opiniçoes dos inimigos dos livros, que fique claro. Por isso, repare se você tem ao seu redor um inimigo do livro e livre-se dele. Como? Explicando a ele que, se ele nunca teve prazer em leitura, ele nunca teve prazer na vida.  Agora, dê uma olhada na foto que anexei a este post. Diga-me se existe lugar melhor no mundo para "viajar de primeira classe". A poltrona leitura é perfeita! Eu quero uma de imediato! Se bem que, pessoalmente falando, eu acrescentaria uma taça de vinho tinto a ela. E você? Acrescentaria o quê? Independente do que você adicionaria a nossa cadeira, uma coisa é certa: ela teria nossos melhores amigos, nossos melhores livros. Divirta-se!