domingo, 7 de agosto de 2011

O amado baiano

Já citei Jorge Amado aqui, no VIDE LETRA, mencionando uma obra sua que me arrebatou quando a li, que foi "Gabriela Cravo e Canela". A pureza e a beleza de Gabriela é uma das recordações mais doces que trago comigo. No dia 06 de agosto de 2011, fez 10 anos que Amado morreu. Para quem conhece um pouco da Bahia (eu estive lá quatro vezes) sabe que esse estado brasileiro é rico em magia e emana uma atmosfera própria de sonho e religião, características únicas que diferenciam nosso estado soteropolitano do resto do país (e do mundo). Adoro a Bahia e seus mares, praias, músicas e povos. Jorge Amado "pintou", com sua prosa, uma Bahia ainda mais alegre e viva, cheia de fé e mistérios, mais respeitosa em sua pureza do que qualquer outro baiano poderia ter imaginado. Há dez anos morria este senhor baiano que flertou com o comunismo e foi exilado do país por duas vezes. Várias obras suas foram parar no cinema e na televisão, aproximando o povo brasileiro cada vez mais de nossa Bahia. Com seus capitães de areia, com suas tendas dos milagres, com suas Gabrielas e suas Teresas Batistas cansadas de guerra, nosso amado Jorge firmou a Bahia como um estado provido de alma mágica e cativante, com suas cores, festas, crenças e delícias culinárias. Sou apaixonado pela Bahia. Quem anda por suas terras fica enfeitiçado só por respirar seus ares baianos. Ter contato com um nativo baiano é ter uma linda experiência de troca de sentimentos generosos e de alegria contagiante. Nosso Jorge está vivo para sempre no candomblé ritimado da Bahia. Divirta-se...Saravá!

Um comentário:

  1. Jorge Amado retratou com maestria tipos humanos e paisagens brasileiros. Poucos autores me fizeram sentir os cheiros da terra e tocar as cores da vida através das suas palavras, escritas com tanto sentimento. Em suas estórias aprendi mais sobre o que é ser brasileira do que aprenderia em qualquer escola. Amo a brasilidade nordestina, as cores lindas das pessoas e das coisas... Sua arquitetura sui generis, sua forma de falar cantada, às vezes quase uma outra língua.
    Jorge Amado me faz lembrar que tenho raízes no Nordeste, já que meu pai é um legítimo "quintocentão" soteropolitano, cuja família passou por personagens também históricos como Caramuru e Garcia D'Ávila.
    Obrigada pela generosidade de me lembrar da alegria contagiante deste povo e de seus lendários e criativos contadores de estórias.
    Bjusss

    ResponderExcluir