segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Abaixo os inimigos dos livros!

A coluna de J.R. Guzzo da revista VEJA desta semana, no. 2228, está ótima. Guzzo fala sobre os inimigos dos livros. Sim, eles existem. Na verdade sempre existiram ao longo da história de nossa espécie. Em épocas de guerra, queimam-se livros para que o povo não tenha acesso à informações que o deixaria apto a raciocinar sobre seu próprio destino, coisa que as guerras, quaisquer uma delas, têm medo. O raciocínio e a inteligência deixam os governantes frágeis, à mercê de seus comandados,  pois um povo que lê, não é gado. Não sendo gado, não é conduzido por caminhos que não são dele. A igreja, por exemplo, é uma das organizações que mais veta publicações e editoriais em prol de suas verdades, de seus dogmas, como se eles fossem soberanos e interessassem a todo mundo. Como Guzzo também coloca, a opinião pública não interessa, a rigor. Ela é sustentada em matérias pobres de leitura, haja vista que o acesso ao que se lê é medíocre e raso. Outro espanto é a usual colocação de que árvores são cortadas para se fabricarem livros, revistas, etc. São os inimigos dos livros se manifestando. Apoiam outros periféricos como instrumento de leitura (os tablets, por exemplo) e "acabam" com os livros, sem ao menos questionar o quanto é agradável ter um livro em mãos, o prazer de ter um companheiro que nunca precisará ter sua bateria carregada e poderá ser lido para todo o sempre, mesmo que a tecnologia avance cada vez mais. Já os "tablets" precisarão se adaptar logo logo. Quer ver como a leitura está em baixa? Veja o exemplo de Guzzo: experimente colocar, sob sua mesa de trabalho, o livro que você, atualmente, está lendo. Espere seu chefe passar por perto. Qual reação você acha que ele terá? No mínimo passará pela cabeça dele que você não está trabalhando e que, ao invès de focar em suas rotinas laboriosas, está desperdiçando tempo útil (e dinheiro!). Como Guzzo mesmo afirma, em entrevistas de executivos, não se levam em consideração se eles têm como hobbie a leitura, pois isto não agrega nada. Isto nas opiniçoes dos inimigos dos livros, que fique claro. Por isso, repare se você tem ao seu redor um inimigo do livro e livre-se dele. Como? Explicando a ele que, se ele nunca teve prazer em leitura, ele nunca teve prazer na vida.  Agora, dê uma olhada na foto que anexei a este post. Diga-me se existe lugar melhor no mundo para "viajar de primeira classe". A poltrona leitura é perfeita! Eu quero uma de imediato! Se bem que, pessoalmente falando, eu acrescentaria uma taça de vinho tinto a ela. E você? Acrescentaria o quê? Independente do que você adicionaria a nossa cadeira, uma coisa é certa: ela teria nossos melhores amigos, nossos melhores livros. Divirta-se!

Um comentário:

  1. Bem, eu acrescentaria um puff confortável para apoiar minhas pernas e uma mantinha quente para os dias frios. Acrescentaria também mais algumas horas ao meu dia, já que só consigo ler ou escrever e amo os dois. Pensando nisso, acrescentaria também meu computador, para que eu pudesse continuar escrevendo meus livros entre uma leitura (de livros em papel) e outra.
    Aproveito para dizer que, concordando com vocês dois, só tenho a dizer uma coisa: enquanto nosso povo for privado de cultura, continuará jogando lixo pelas ruas, roubando o que não lhe pertence e achando legal "levar vantagem em tudo, certo?". Ah, esqueci... E ainda continuaremos elegendo Tiriricas e Clodovis.
    Bjuss

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