quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um amor definido

Temos uma preconcepção quando queremos definir o amor, mesmo sabendo que ele tem várias formas. Apesar disso, somos unânimes em dizer que ele é o maior dos sentimentos e o único que pode dar sentido às nossas vidas. O livro autobiográfico de André Ranzatti, "Amores no Masculino", relançado pela Editora RDG (da qual faço parte como colaborador e revisor), conta-nos uma história de coragem e de autoconhecimento para nos mostrar a trajetória do autor na busca pela aceitação e pelo entendimento de seu amor que, infelizmente, ainda é considerado por muitos como "engano de amor" ou "não-amor", já que se trata de amor entre pessoas do mesmo sexo. Como disse, somos capazes de imaginar o amor como o maior sentimento humano, nobre e de significado sacro, mas para muita gente, tristemente, um amor como o do André nao é amor. É desonra. O livro de André é doce, é gentil, é alegre e sincero, e, por ser assim, rebate o preconceito sexual e comprova que o amor não tem apenas uma definição. Ele é real (e isto é o que importa) quando é honesto e abraça as pessoas ao seu redor, transmitindo paz e bem estar. Não pense que você irá encontrar páginas suadas de sexo ou pornografia (não que isto seja dispensável ou sem valor, pois até o sexo por prazer é válido, apenas não é o foco do livro), mas uma história cheia de perspectiva, bom humor e, principalmente, de amor verdadeiro. O André conseguiu definir o amor a sua maneira, fazendo a sua parte ao divulgar tão construtivo sentimento. Se fizermos a nossa, as sociedades estarão livres do preconceito e da falta de irmandade que tanto chacina nossa espécie. Eu e o André estamos juntos a quase 4 anos e 9 meses, definindo e divulgando um amor que acreditamos ser puro. Tentamos mostrar às pessoas que nosso companheirismo vale a pena e que qualquer significado que o amor tenha, por si só, será um amor definido. Divirta-se!

2 comentários:

  1. Querido Ro
    Sempre acreditei que o amor é a mola mestra que gira nossa vida, nosso passado e nosso futuro. Com amor construímos uma história recheada de emoções, com felicidade mesclada de tristeza porque uma vida (como um prédio) deve ser erguida com equilíbrio e não há equilíbrio quando as coisas não se completam, não 'casam' umas com as outras.
    Casamentos perfeitos? Não sei se existem, mas espero sim. O meu não é perfeito, mas já dura quase trinta anos e ainda amo o meu marido, não obstante as tentativas dele de me fazer mudar de ideia... rs. Se sou feliz? Sou sim... Sou feliz comigo mesma porque me amo. E só depois que descobri que precisava me amar foi que aprendi a aceitar os outros como eles são, com todos os defeitos e qualidade que compõem um ser. O que desejo a mim é o mesmo que desejo a todos: felicidade. Vou adorar saber um pouco mais sobre uma pessoa que aprendi a gostar e respeitar.
    Vou ler o livro do André, com todo o prazer.
    Beijos

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  2. Querido Ro
    Li e reli o livro do André, o que me deu um imenso prazer... O livro é tudo isso mesmo, doce, coerente, demonstra o prazer do amor e o amor do prazer, sem ser piegas ou agressivo.
    Estou com tantas saudades de você, amigo... Quando vamos nos reencontrar? Acho que temos muitas coisas para conversar.
    Muitos beijos.

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