quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Pilar de Saramago

Assisti, há pouco tempo (e tardiamente), ao documentãrio "José e Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, que, entre 2006 e 2009, conseguiu registrar, de maneira singular,  a intimidade e a paixão do casal formado pelo escritor português e nobel de literatura José Saramago e sua mulher, a espanhola Pilar Del Rio. O documentário capta para sempre (ainda bem!) o dia a dia do casal, sua rotina doméstica, seus compromissos e, também, o seu amor. Um amor tardio que chegou depois do sucesso literário do português, que também demorou a acontecer. Tardio, mas não menor. Pilar foi o suporte para que Saramago nos desse de presente tantas obras maravilhosas (já citei Saramago aqui, no Vide letra, e sempre o citarei). Ela o secretariava e o acompanhava, com vigor, em seus tantos compromissos. E foi o seu melhor remédio, salvando-o quando convalescia internado, época em que quase faleceu no meio da produção daquela que seria a sua última obra, "A Viagem do Elefante". Graças a Pilar temos, para nosso deleite e na íntegra, seu derradeiro livro. Pilar, a dedicatória mais justa e sincera da obra de Saramago. Repetindo o mantra dito pelo  escritor no documentário: Pilar, Pilar, Pilar. Seu Pilar e sua melhor personagem de amor.

Um comentário:

  1. Quem dera todos os amores produzissem pilares como este... Quem dera todos os pudores caíssem à presença desses grandes amores.

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