sexta-feira, 2 de março de 2012

A carta

É uma carta. Apenas mais uma carta dentre as tantas que escrevemos por um tempo mágico e de amor que, agora, se renova. É mais uma página, de outra carta. Impossível histórias de amor terem fim. Romeu e Julieta vivem, até hoje, sua eterna história de amor e morrem por ela todos os dias quando as pessoas os materializam. Soubemos escrever (e ditar) nossas cartas como só os amantes podem fazer, pois somente eles usam palavras e tintas que ficam, e vivem, e morrem, e vivem. Nossa nova carta continuará sendo de amor. Amor renovado e mais forte. Amor transformado no sagrado de dois, que acabou sendo de tantos, esses tantos que conquistamos com nossas cartas e nosso ritmo. Amor imperial, como Marco Antônio e Cleópatra; intelectual, como Sarte e Simone de Beauvoir; mitológico, como Orfeu e Eurídice. Verdadeiro, como o nosso. Nenhum deles teve fim. Impossível, inimaginável achar que esta vibração quase celestial acaba. Nosso amor está incorporado na matéria que nos compõe. Tira-se nossa pele e mesmo assim ele estará lá, porque não é superficial. E, hoje, está maior e precisou renovar-se. Acredite. Ele exige um espaço maior e precisamos deixá-lo crescer. É o justo. Sei que seu crescimento está causando dor, mas a nova carta será, definitivamente, escrita pela verdade. A verdade de um amor.

Um comentário:

  1. Verdades incontestáveis escritas à risos, lágrimas, vontades, desejos e tintas...
    Que todos os amores sejam eternos, mesmo que não durem ou enquanto durem... Que sejam lindos, românticos e trágicos, mas que sejam... Que todos saibam o quanto amamos...

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