terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fantasia

Escolher a fantasia é um dilema. A fantasia que nos deixe pronto para enfrentar os dias e os compromissos. A armadura para nos proteger das pedras e dos carinhos. Mas nada que se apegue muito à pele para não nos esquecermos de quem, verdadeiramente, somos a cada dia. Somos muitos, com muitas fantasias. E o dilema é exatamente este: saber a fantasia do dia, saber quem somos naquele dia e saber que, amanhã, a fantasia será outra. Importante, também, é identificar a fantasia das pessoas, o que elas estão usando e saber compreender quando elas mudarem de fantasia. Maquilar o rosto com as cores corretas que nos representarão por algum tempo é sábio; substituí-las quando o momento exigir, é honrável. Mais nobre ainda é respeitar a troca de fantasias das pessoas, mesmo porque, estas pessoas também representam as nossas próprias fantasias, fazendo parte das cores que as formam. Vista a fantasia que lhe represente, que seja sua, constituída com a sua essência e com as pessoas e coisas que lhe pertençam. Respeite a mudança de roupagem de todos e resolva o dilema: nenhuma fantasia deve "grudar" na pele definitivamente e a melhor delas é aquela que, naquele momento, faça com que a vida seja plena. 

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